quarta-feira, 19 de março de 2008

Serra, Espírito Santo. Área de lazer.

A brincadeira começa em Jardim Carapina e termina aqui. Pauta: Cela de Container em Presídio Capixaba. Na hora do aperto o estado vende o lixo e a exclusão como possível solução. Depois de uma seqüência de rebeliões no presídio de Viana-ES e alguns homens mortos, as autoridades aceitam mostrar o tal Container. Chegando no local me senti num campo de concentração. Tudo meio sem cor e com muito arame. Logo conheci o Vovô do Pó. Um senhor de 85 anos (segundo o próprio) que fazia um movimento para complementar o salário mínimo da aposentadoria. Nada de grandioso, mas o dinheiro ajudava a pagar seus remédios e ainda dava uma força para seus netos. Um dos encarcerados na cela de lata. Foi tudo que me disse, sussurrando com dificuldade. Durante o calor, muito quente e nos poucos dias de frio, muito frio. Um bafo saia pelas “janelas” das celas. Todos detentos reclamando do clima. Eles querem ir para o lado B. Umas poucas celas apertadas na delegacia, que fica no mesmo terreno. Chegando no tal paraíso o cheiro de porra e merda era muito forte. Mas lá eles podiam fumar e esquentar a marmita azeda.





















domingo, 9 de março de 2008

Leticia, capital do departamento colombiano do amazonas

Quando sai de casa tinha certeza que estava indo para a grande cobertura da minha vida. Nunca tinha imaginado cobrir uma guerra tão novo, mas como a oportunidade foi dada... Não que eu torça pela guerra, mas como teoricamente ela ia acontecer que mal em eu estar presente? Ao chegar na fronteira Colômbia x Brasil vi que a única guerra existente era a que eu estava assistindo no jornal nacional. Pura balela. O clima de paz no país era maior do que o que sinto caminhando em São Paulo.

















segunda-feira, 3 de março de 2008

Macapá, AP.

Quando desço do aeroporto sinto o bafo. No céu o mormaço faz a pele grudar e o volto a sentir o meu cheiro, que não costumo sentir em São Paulo. A história é a viagem do nosso querido presidente a Guiana Francesa. Depois do espetáculo e da promessa de integração dos povos, aparece o projeto de uma ponte que teoricamente torna tudo isso possível. O circo é desarmado, e eu posso conhecer melhor uma das cidades que dividem o mundo.