No final de junho, Parintins, Amazônia , foi castigada com a maior chuva desde 1976. Neste período, fotografei o cotidiano dos moradores da Rua Padre João, na região central da ilha. Na primeira casa de porta aberta, conversei com dona Maria , de 72 anos, e escutei uma coisa que influenciou de forma direta a minha forma de olhar a vida das pessoas que estava conhecendo"Quem vive na Amazônia não pode temer a água”. Já cobri diversas enchentes e nunca tinha sentido tamanho respeito pela água. O teto das casas ficou baixo. O calor de 38 graus e a umidade foram o convite para as pessoas saírem de casa e esperar uma rara brisa. Segundo Seu Marina é melhor tirar uma soneca com o bafo da água fo que com o bafo do asfalto. Outra coisa que me chamou a atenção foi a capacidade de reinvenção do espaço urbano. Da noite para o dia marombas coloridas foram montadas dentro e fora das casas, e o que a imprensa batizou (com razão) de tragédia pelo menos em uma rua se transformou numa forma de viver com cor e dignidade.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
4 comentários:
Lindo tudo que vc faz com a fotografia! Você é referência para essa conterrânea aqui! Sucesso!
Olá. Obrigada viu! :D
Então, eles ainda estão em Vila Velha, num acampamento que fica na Darly Santos. Geralmente viajam pelo Estado mesmo e ficam a maior parte em VIla Velha.
Abração!
Belas fotos.
Bruno, es un trabajo maravilloso. El agua y la amazonía, y sus 38º, crean una armonía perfecta con tu objetivo. Beijos
Antonia
Postar um comentário